Depois de muito tempo sem falar de filmes por aqui, hoje venho com uma seleção especial: cinco filmes pra comemorar o Dia Internacional das Mulheres. Ano passado foi um ano especial pra todas nós, a discussão de direitos iguais estava em alta e o feminismo tomou uma proporção grande. A mídia, incluindo os filmes, estão sendo importantíssimos nessa jornada. Nós estamos descobrindo o real significado do feminismo, as moças estão cada vez mais certas de seus direitos, pessoas famosas a cada dia batem no peito e falam “Sou feminista” nos mostrando que não é nenhum bicho de sete cabeças. A questão do gênero está sendo debatida diariamente, marcas famosas estão lançando coleções unissex e esperamos que 2016 tome os mesmos rumos. Enfim aqui estão alguns filmes e eu espero que gostem 🙂
Legalmente Loira (Legally Blonde)
Sabe aquele filme que você cresceu assistindo, mas só depois de velha nota tanta coisa bacana? Pois é! Pra mim sempre foi um filme engraçadinho, mas depois fui rever e percebi coisas bem legais e mega importantes de se trazer à tona no dia de hoje. Elle Woods, interpretada pela fofíssima Reese Witherspoon, é a loira presidente de sua fraternidade e que tem tudo o que qualquer garota gostaria de ter. Ela namora o gato Warner Huntington III (Matthew Davis) e sonha em se casar com ele, mas tudo desmorona quando ele a dispensa porque está prestes a se mudar pra Harvard e a acha fútil demais para continuar a namorá-la. Ela então decide ir estudar em Harvard, recuperar o namorado e provar sua inteligência.
Primeira coisa super legal que esse filme trabalha é a amizade entre as mulheres, de forma leve e engraçada. E mesmo as meninas que eram “inimigas” da Elle depois tornam-se companheiras dela e isso é muito lindo. Devemos mesmo parar com esses rixas forçadas e ridículas entre as mulheres, não é nada legal. Outra coisa interessante do filme é o esteriótipo. O filme nos faz parar pra pensar como julgamos as pessoas pelas aparências, criamos ideias sobre elas baseadas em como se vestem. A Elle é super vaidosa e julga os outros por não se vestirem de uma determinada forma, e dessa mesma maneira ela é julgada. Sinceramente, nós devemos usar aquilo que nos faz sentir bem e isso não altera em nada nosso esforço ou intelecto.
Como Ser Solteira (How To Be Single)
Alice (Dakota Johnson) termina um relacionamento de anos para aprender a viver sozinha, ela então vai morar com sua irmã Meg (Leslie Mann) na cidade de Nova York. Em seu novo emprego ela conhece Robin (Rebel Wilson), uma mulher que sabe como festejar e curtir sua solteirice. O filme tem outros personagens solteiros em busca de um amor, ou apenas uma ficada. E em todo esse contexto Alice vai descobrindo os gostos e desgostos de ficar sem ninguém.
O que eu mais gostei do filme foi a forma como eles trabalharam tão bem com a questão de ser solteiro. Alguns esteriótipos, claro por se tratar de comédia, mas a discussão de ser sozinho é bem legal. Eles não caíram naquela antiga armadilha de que todos precisam de um amor encantado pra ser feliz, as mulheres e os homens do filme são colocados no mesmo patamar. Algumas horas as mulheres são as cafajestes, outras os homens. Como é na vida real e como eu nunca tinha visto antes em algum filme sobre os solteiros de NY. Então fica a dica pro cinema do fim de semana, já que o filme está em cartaz!
Jogos Vorazes (The Hunger Games)
Caí no filme clichê, mas fazer o que não é mesmo?! Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) é uma garota de dezesseis anos que mora no Distrito 12 na nação de Panem. São no total doze distritos e a Capital, que é a metrópole mega avançada tecnologicamente e que controla toda a nação. Jogos Vorazes é um evento anual que ocorre em Panem, onde é escolhido um adolescente entre 12 e 18 anos de cada distrito para uma batalha mortal. O vencedor do programa televisivo ganha fama e dinheiro.
Acho que todo mundo já ouviu dizer sobre os livros e os filmes, já que foi comoção internacional. E realmente ter uma mulher como a protagonista do filme é maravilhoso, porque a Katniss não se deixa abalar facilmente. Ela mostra as meninas que lutar não é coisa só de garotos, todo o jeito dela meio de repulsa aos outros e tão introspectivo é diferente do que muitas protagonistas femininas costumam ser. Ela desmistifica a fama de que garotas são delicadas, fofas e frágeis. Girl power total!
Sob o Sol da Toscana (Under the Tuscan Sun)
Frances Mayes (Diane Lane) é escritora, mora em São Francisco e acabou de se divorciar após a traição de seu marido. Ela entra em depressão e sua amiga Patti (Sandra Oh) e sua esposa estão esperando um filho, então ela convence Frances a ir tirar férias na Toscana utilizando um ticket antigo que ganhou. Quando o grupo com o qual está viajando param em Cortona, ela se apaixona pelo lugar e decide comprar uma casa à venda.
Eu acho esse filme lindo, a história e a fotografia, e adoro como a protagonista vai se curando aos pouquinhos da depressão. Ele trata muito bem a questão de nós precisarmos de um tempo sozinhos para pensar e colocarmos a cabeça no lugar. Frances é uma mulher que nessa jornada pela Itália se torna cada vez mais independente, nos mostra a importância de aprender a nos virarmos sozinhas e como as amizades são essenciais em nossa vida. Mais um filme mostrando muito bem a amizade entre mulheres e que no fundo para ser feliz, primeiramente temos que estar mentalmente bem.
As sufragistas (Suffrage)
É um drama britânico que conta a história de luta das mulheres pelo voto, que se passa em 1912. Maud Watts (Carey Mulligan) é uma dona de casa, mãe, esposa e trabalha numa fábrica de lavagem de roupas. Durante uma entrega ela se vê no meio de uma revolta sufragista, onde ela reconhece uma de suas colegas de trabalho. Meio sem perceber ela vai se envolvendo ao movimento, mas simultaneamente vai perdendo tudo que tem na vida e acaba entrando em conflito se é mais importante manter a família ou lutar pelo seus direitos.
Esse filme é muito bom, é uma reflexão bacana e importante a ser feita por todos. Só de imaginar pelo o que aquelas mulheres passaram pra nos assegurar tanta coisa nos dias de hoje, é de partir o coração. E ainda temos muito pelo o que lutar, e acho que esse filme foi lançado num momento certo, pois o feminismo está cada vez mais forte. É muito legal ter essa noção de história bem à frente dos olhos. Ele ainda está em cartaz em alguns cinemas, super recomendo 🙂